Presidentes do MT,BA,RS e MG.
O Congresso Nacional dos Terapeutas, reunidos em Belo Horizonte nos dias 19 e 20 de Novembro, discutiu com especialistas interessantes inovações no que se refere ás técnicas de diagnóstico para tratamento terapêutico e o uso de aparelhos para diminuir a dor do cliente. Psiquiatras e psicoterapeutas falaram da importância da comunicação correta e no momento certo com o cliente, enfatizando que uma palavra pode salvar ou matar uma pessoa, se bem ou mal colocada. Daí a importância de uma boa formação, não só do ponto de vista do uso da ferramenta adequada, más também, do uso da abordagem, da palavra e, sobretudo, da ética que não se aprende em um fim de semana.
Ato contínuosso, foram discutidas e votadas as alterações no Estatuto da Federação, feitas as alterações na resolução N° 3 que dá as normas para a Associação de Terapeutas e Regula as Escolas de Terapias, assim como a resolução N° 4 que traz importantes renovações para a área da pesquisa e da formação do Terapeuta.
No final dos trabalhos, os Presidentes dos Sindicatos e Associações com a Federação, rumamos para Brasília onde já havia sido marcadas audiências com Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, com Procurador Geral do Trabalho, com Ministro Chefe da secretaria Geral da Presidência bem como com deputados que apoiam os Terapeutas na causa da Legalização do Profissional desta área, tendo em vista a institucionalização do Conselho Federal dos Terapeutas.
Percebeu-se nesta trajetória que para muitos terapeutas brasileiros comprometidos com a saúde e bem estar da população, interessa a Organização e Legalização da categoria em que pese á existência de alguns que ainda pretendem se beneficiar da miscelânea em que se tem constituído nos últimos tempos o atendimento e a formação terapêutica. Terapeutas e Escolas que a pretexto de operar no “livre mercado” (como se a saúde humana pudesse ser assim tratada), se aproveitam da ignorância das classes menos favorecidas que não tem esclarecimentos suficientes para diferenciar quem tem preparo e quem não o tem.
Muitos são os cursos arrastados ao longo de anos para justificar uma mensalidade mais onerosa que um Mestrado de conceituadas Faculdades, assim como outros de curtíssima duração, com nomes e conteúdos difusos que não deixam claro qual a área de atuação daquele terapeuta, outros ainda, confundidos com correntes religiosas que nada tem a ver com terapia. Neste sentido, há um apelo Nacional pela Regulamentação das Terapias, haja vista os Estados e Municípios que já possuem suas Leis Regulando a Profissão.
O serviço que prestamos como terapeutas abre-nos o coração para amarmos uns aos outros, entendendo que é na consciência unitiva, e não competitiva, que nos desenvolvemos eticamente, pois a causa de um deverá ser a causa de todos. É nessa direção que precisamo ir.
Julia Silveira